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Memórias Póstumas de Brás Cubas
Já tinha lido o livro Dom Casmurro -, de Machado de Assis ... e as Memórias Póstumas de Brás Cubas estava na lista dos livros por ler ....chegou o momento. Ainda não terminei, mas estou a gostar muito. A narração é feita na primeira pessoa ( temos um narrador simultaneamente personagem) e postumamente, " Morri de uma pneumonia, mas se lhe disser que foi menos a pneumonia , do que uma ideia grandiosa e útil, a causa da minha morte, é possível que o leitor me não creia ...." O narrador vai interpelando o leitor o que vai marcando um ritmo de leitura, trata-o de forma educada e com algum sentido de humor. Há duas temporalidades: a psicológica e a cronológica. A temporalidade psicológica é enriquecedora e da-nos a oportunidade de entender como a elite brasileira pensava e se relacionava na sociedade. É um livro sobre a existência ... sobre uma existência num determinado espaço e tempo. " Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de "menino diabo";
O Que Vemos Quando Lemos
Tenho voltado várias vezes a este livro. trata-se de uma exploração singular e deslumbrante da fenomenologia da leitura. A ideia defendida pelo autor é a de que os leitores muitas vezes (re)inventam imagens que o texto poderá não apresentar e/ou justificar. Peter Mendelsund argumenta que ler é co-criar e que nossas impressões de personagens e lugares devem tanto às nossas próprias memórias e experiências quanto aos poderes descritivos dos autores. Cada vez que pegamos num livro ... captamos um pormenor diferente. “Enquanto leitores, somos tanto o maestro quanto a orquestra, assim como audiência.” — Peter Mendelsund Uma leitura magnifica! Recomendo!
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