As minhas leituras

Já tinha lido o  livro  Dom Casmurro -, de  Machado de Assis ... e as Memórias Póstumas de Brás Cubas estava na lista dos livros por ler ....chegou o momento. Ainda não terminei, mas estou a gostar muito. A narração é feita na primeira pessoa ( temos um narrador simultaneamente personagem) e postumamente, " Morri de uma pneumonia, mas se lhe disser que foi menos a pneumonia , do que uma ideia grandiosa e útil, a causa da minha morte, é possível que o leitor me não creia ...." O narrador vai interpelando o leitor o que vai  marcando um ritmo de leitura, trata-o de forma educada e com algum sentido de humor. Há duas temporalidades: a psicológica e a cronológica.  A temporalidade psicológica é enriquecedora e  da-nos a oportunidade de entender como a elite brasileira pensava e se relacionava na sociedade. É um livro sobre a existência ... sobre uma existência num determinado espaço e tempo. " Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de "menino diab...

A ética da leitura é um livro para ler devagar ... trata-se de um conjunto de ensaios sobre a leitura, sobre a ética da leitura.  Falar em ética é falar em Kant.  Os leitores de Kant " compreenderão a importância desta noção de pureza. Significa a exclusão de tudo quanto é contingente, empírico, localizado, tais como  os códigos  morais de um tempo, de um lugar de uma classe, de uma país, ou de uma cultura particular, para que permaneça o que é absolutamente  universal, abstraídas todas as particularidades." Este livro é uma oportunidade para pensar a relação entre a teoria e a literatura. J. H. Miller, ao longo do livro,  fala-nos  da atitude do leitor, da boa leitura que este faz e de como  é importante dar continuidade ao ato da leitura. Sendo a leitura um trabalho hermenêutico árduo o leitor deverá assumir uma atitude responsável. " A leitura é uma experiência sensível que se situa no mundo real em que nos expomos a ferimentos, em que ...

Tenho voltado várias vezes a este livro. trata-se de uma exploração singular e deslumbrante da fenomenologia da leitura.   A ideia defendida pelo  autor é a de que os leitores muitas vezes (re)inventam imagens que o texto poderá não apresentar e/ou  justificar. Peter Mendelsund argumenta que ler é co-criar e que nossas impressões de personagens e lugares devem tanto às nossas próprias memórias e experiências quanto aos poderes descritivos dos autores. Cada vez que pegamos num livro ... captamos um pormenor diferente. “Enquanto leitores, somos tanto o maestro quanto a orquestra, assim como audiência.” — Peter Mendelsund Uma leitura magnifica! Recomendo!

Foi um livro difícil de ler, mas valeu a pena! Na contracapa afirma-se " Irá certamente perturbar alguns leitores e tocar profundamente outros." - A mim tocou-me e , em alguns momentos, perturbou-me. Um dia  ... vou relê-lo, de certeza! Para mim, este livro, é um livro  crença, sobre mistérios.. o mistério do amor e da  amizade. "Quero que saibas isto […] se alguma vez te sentires receoso ao cair da noite, enrolar-me-ei por trás de ti e abraçar-te-ei no lugar onde se esconde o trovão, tal como sempre fiz." Um texto que se torna surpreendente a cada página lida e que coloca o leitor perante uma avidez indesejada de saber sempre mais. " Foi o meu pai que me disse isto (...)  tornamo-nos mais humildes e misericordiosos no mínimo - quando a nossa identidade tende a escapar-nos de cada vez que lutamos para a apanhar."

Ler é um prazer para toda a vida, diz mensagem do Dia Internacional do Livro Infantil ( 2017). Vamos crescer com o livro, mensagem de Sergey Makhotin  ( para o Dia internacional do Livro Ing«fantil de 2017) em português (em pdf.) - LER AQUI  Este ano cumprem-se 50 anos da celebração do Dia Internacional do Livro Infantil, uma iniciativa do Conselho Internacional sobre Literatura para os Jovens (IBBY) para a promoção do livro e da leitura, que coincide com o dia de aniversário do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen. Boas leituras !

Guylain ( o personagem principal) adora livros, adora ler. E no caminho para o trabalho, na viagem de comboio, lê em voz alta pequenos textos, o que resta de  folhas soltas ... folhas  que ele salva, evitando serem devorados pela máquina "comedora de papel", ou  melhor ... "a coisa". Uma homenagem aos livros, ao prazer de ler..